segunda-feira, 30 de maio de 2011

Recomeço


“Lembrando que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Para todo fim, um recomeço.”

(Saint-Exupéry)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Minha idade

A idade não está nos anos vividos
Está nos momentos inesquecidos
Não depende da ruga, nem da estria
Depende do dia, do humor, da fantasia

Tem dias que sou uma criança mimada
Querendo colo, atenção e mais nada
Ou uma adolescente destrambelhada
Sonhadora, com graça e apaixonada

Posso ser mulher madura, segura de si
Responsável, interessante e sem frescura
Em outros dias sou uma velha rabugenta
Reclamando de tudo e ninguém me aguenta

De ninfeta a macróbia, até uma morta
Se tenho 41 ou 82 anos, não importa
Posso ter a idade que eu quiser
Num estalar de dedos que eu der

Agnes

terça-feira, 24 de maio de 2011

Arte diz

[Salvador Dali]
As horas se derretem no tempo
Viram pó, esquecimento...



[Amedeo Modigliani]
Estar nú é ser você mesmo
Sem roupa, sem medo
Uma forma de expressão
Te agrade ou não...

domingo, 22 de maio de 2011

Mente

[La Bocca della Verità]

Mente quem diz que não mente
Basicamente pra enganar, dissimular, ocultar
Pra se defender e evitar desentendimentos
Pra esconder defeitos e pra sermos aceitos 
Mentir para sermos o que não somos
A imperfeição é inerente ao ser humano
Que até inconcientemente mente
Mas a culpa pesa na mente. Evidente!
Tem gente que mente descaradamente
Francamente! Não passa de um demente
A confiança não se recupera facilmente
A mentira, uma verdade dormente
Injustificavelmente, se mente
So-mente

Agnes

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Segredo

 ...E é preciso saber falar. Há certas falas que são um estupro. Somente sabem falar os que sabem fazer silêncio e ouvir. E, sobretudo, os que se dedicam à difícil arte de adivinhar: adivinhar os mundos adormecidos que habitam os vazios do outro.
(Rubem Alves)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Carência

Quero colo, quero logo um cafuné
No topo do meu ego ao dedão do pé
Preciso de atenção, de carinho, de afeto
Preciso da mão, de beijinho e de um teto

Não gosto de prosa, mas de poesia
Menos fala, mais ritmo e harmonia
Gosto de surpresas na cama e na mesa
Quero flores, riso, quero mais cores
Quero cheiro, quero música e sabores
Qualquer coisa que me faça sentir
Pouca coisa pra não fazer desistir

Agnes

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Henry and June

Um drama erótico baseado nos diários de Anaïs Nin, conta como ela conheceu o escritor Henry Miller e sua mulher June. Anaïs é casada com um bancário, mas sexualmente insatisfeita, apaixonou-se pela beleza de June, pelo amor que Henry a tinha e sentia uma grande admiração por ele, dando inicio a um triângulo, quadrado, pentágono... amoroso. Se envolvendo em outras experiências amorosas, numa busca de prazer e descoberta interior. Anais e Henry além de amantes escrevem juntos o livro "Trópico de Câncer" publicado em 1934 ficou proibido até 1961, é um dos livros que estou lendo no momento.
O filme termina com Anais voltando pra casa com o marido Hugo e dizendo:

"Naquela manhã... chorei porque o processo do qual me tornei mulher foi doloroso, chorei porque de agora em diante choraria menos, chorei porque perdi a minha dor e ainda não me acostumei ..."




Henry Miller foi um escritor norte-americano acusado de pornografia e abscenidade os seus livros podem ser lidos hoje em dia sem as lentes do preconceito, tirando algumas mentes retrogradas.
Seu estilo é caracterizado pela mistura de autobiografia com ficção. Muitas vezes lembrado como escritor pornográfico. Henry Miller tornou-se um clássico quando publicou a trilogia "Sexus, Plexus, Nexus", que ele chamou "A Crucificação Encarnada". Como nos outros livros, esses romances narram trechos de sua própria vida, embora ele negasse.
Um filme com muitas cenas de sexo, mostrando o processo de amadurecimento de Anais, um filme que gostei e recomendo. Preparem as pipocas!

Pra quem quiser baixar e assistir aqui vai o link:
http://www.fileserve.com/file/sx2dcUj

domingo, 15 de maio de 2011

Intimidade

No coração da mina mais secreta,
No interior do fruto mais distante,
Na vibração da nota mais discreta,
No búzio mais convolto e ressoante,

Na camada mais densa da pintura,
Na veia que no corpo mais nos sonde,
Na palavra que diga mais brandura,
Na raiz que mais desce, mais esconde,

No silêncio mais fundo desta pausa,
Em que a vida se fez perenidade,
Procuro a tua mão, decifro a causa
De querer e não crer, final, intimidade.

José  Saramago

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Tacos mexicanos


Taco é uma comida típica da culinária mexicana, consistindo em uma tortilla à base de milho que pode ser recheada de chili com carne (frango, carne bovina ou de porco), queijo, guacamole, alface e às vezes tomate. Come-se com as mãos, como um sanduiche. Acrescentando a Salsa por cima, um molho picante a base de tomate e pimenta.
Eu tenho que confessar que compro os tacos, a salsa, e alguns ingredientes semi pronto, faço a guacamole e a carne com tempero próprio e só monto os tacos. Vapt vupt!

Muita água gelada pra apagar o fogo, porque vai esquentar... rss

terça-feira, 10 de maio de 2011

Introspecção

Não me prendo a nada que me prenda
Que me sufoque e que não me entenda
Feito areia escapo pelos vãos das mãos


Não me questione sobre meus atos
Pois  nem eu sei porque os faço
Despindo sentimentos confusos
De volta ao meu casulo escuro


Aparo as arestas que me restam
Me recuo do perigo, me abrigo
Introspectiva eu sigo comigo.


Agnes

Três macaquinhos


Os macaquinhos, conhecidos como 'Três Macacos Sábios', ilustram a porta do Estábulo Sagrado, num templo do século 17 localizado na cidade de Nikko, no Japão. Sua origem é baseada em um trocadilho japonês. Seus nomes são 'mizaru' (o que cobre os olhos), 'kikazaru' (o que tapa os ouvidos) e 'iwazaru' (o que tampa a boca), que na língua é traduzido como 'não veja o mal', 'não ouça o mal' e 'não fale o mal'. A palavra 'saru', em japonês, significa 'macaco' e tem o mesmo som de negação nessa terminação 'zaru'.
O folclore japonês diz que a imagem dos macacos foi trazida por um monge budista chinês, no século 8. Apesar disso, não há comprovação dessa suposição.

Isso pode ser aplicado no dia-dia, tem muitas coisas que é melhor não ver, não ouvir e não percamos tempo falando sobre coisas inúteis. Em certos casos, ignorar pode ser a melhor solução.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Poema enjoadinho

(Gustav Klimt- mãe e filho)

Filhos . . . Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete . . .
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los . . .
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!

Vinícius de Moraes

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Dia das crianças

Dia 5 de maio, feriado nacional é comemorado o dia das crianças, mais especificamente dia dos meninos no Japão. Hasteando o Koinobori que consiste num enfeite de carpas que simbolizam força, persistência, bravura, sucesso e obstinação. O Koinobori é erguido no lado de fora da casa, a uma altura acima da linha do telhado. A carpa preta representa o pai, a carpa vermelha o primogênito, o segundo é a carpa azul, o terceiro a verde...



Sushi e família reunida pra comemorar.


Livros e flores

Teus olhos são meus livros.
Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?

Flores me são teus lábios.
Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?

Machado de Assis

terça-feira, 3 de maio de 2011

Metro e Centímetros

Das coisas
que eu fiz a metro
todos saberão
quantos quilômetros
são

Aquelas
em centímetros
sentimentos mínimos
ímpetos infinitos
não?

Paulo Leminski